Artigo para o Jornal Design, edição de Novembro/18, por Márcio Otton | Consultor de Empresas, diretor da Inforti Desenvolvimento Gerencial.
Nos últimos anos, vem ocorrendo um crescimento na frequência do assunto Finanças Pessoais na mídia, através da maior oferta de livros, artigos em jornais, programas de TV, sites, etc. Até mesmo em campanhas publicitárias de bancos surgiram alertas sobre o uso consciente do crédito. De forma geral, o objetivo destas ações é incentivar a conscientização das pessoas sobre a importância do dinheiro e do cuidado com as finanças pessoais.
Entre outros, três fatores principais incentivam esta intenção de conscientização dos brasileiros:
Uma pesquisa recentemente divulgada, feita pelo SPC Brasil, aponta que o endividamento e a inadimplência são fatores desencadeadores de sentimentos como preocupação, ansiedade, estresse, angústia, culpa, desânimo e mau humor, e também relatam alterações em sono, apetite e motivação. Em Finanças Pessoais esses sentimentos traduzem a Infelicidade Financeira, que ocorre quando a vida e a saúde são afetados pela situação financeira pessoal e familiar.
Na prática, o problema se deve ao fato de os gastos e consumos terem sido maiores do que a renda poderia sustentar. Em outras palavras, 60% das famílias brasileiras gastam mais do que ganham! Essa realidade me faz lembrar as palavras do renomado professor e consultor Geraldo Sardinha Pinto Filho, que dizia em aula: “Nada fica impune!”. Essa frase era repetida sempre que analisávamos os impactos futuros das decisões financeiras tomadas no presente.
Por outro lado, o autor Mauro Calil em seu livro “Separe uma verba para ser feliz” conceituou a Felicidade Financeira como “poder desfrutar hoje do que o dinheiro pode proporcionar, tendo bem-estar no presente, sem ficar se privando para acumular e só aproveitar em tempo incerto que ainda virá”.
Entre a Felicidade Financeira (“desfrutar hoje o que o dinheiro pode proporcionar”) e a Infelicidade Financeira (se tornar inadimplente e sofrer pelos seus efeitos) existe um ponto fundamental, que é viver dentro das suas possibilidades. Para reforçar essa ideia, convém apresentar algumas informações adicionais:
Se cada pessoa tem seus sonhos e projetos, o dinheiro poderá ser um impedimento ou um viabilizador. Por isso, os autores e especialistas da área defendem que Finanças Pessoais deveria integrar currículos escolares e universitários, como parte da formação pessoal e profissional dos jovens.
Já que cada pessoa lida de forma diferente com o dinheiro, convido e incentivo você a aprender sobre Finanças Pessoais, como uma forma de aumentar a sua chance de viver bem, de concretizar seus projetos e sonhos, e se realizar. Aprenda a lidar melhor com o dinheiro, aprenda para se proteger nas épocas de baixa, aprenda a investir nas épocas de alta, aprenda para planejar e conseguir realizar mais, aprenda para se preparar para o futuro.
Para isso, apresento uma lista de autores que li e recomendo (apresentados em ordem alfabética):
Vá sem medo, pois estes autores escrevem exatamente para quem não é um especialista e deseja aprender e se desenvolver. Como nas outras área da vida, quem está melhor informado e preparado tem mais chances de ter sucesso.
A conscientização é o principal meio para poder desfrutar do que dinheiro pode lhe proporcionar. Boa leitura!